terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sobre a nova "Safra de Otários", o plástico e as sacolas retornáveis...

Recordo-me que quando eu era criança as compras de supermercado vinham embrulhadas em sacos de papel. Na padaria enrolava-se o pão num pedaço comprido de papel grosso avermelhado ou esverdeado que o dono da padaria comprava inteiro, cortava as tiras e pendurava num prego. Em casa, ao papel eram dadas várias utilidades... Algumas pessoas levavam os sacos de tecido alvejado, provenientes de sacos de açúcar, costurado, bordado, feito crochê e que alguns casais já levavam no enxoval.
Agora, mais uma vez, estamos diante de um golpe contra a sociedade, proíbe-se o uso de sacolas plásticas e nós temos que adquirir uma sacola retornável. Não entendo essa história de que a gente tem que pagar pela “sacola retornável”...  Mais uma vez a responsabilidade das mazelas é nossa, coitados do governo e dos empresários, tão impotentes diante de nós, gente selvagem... O problema da educação é dos professores e da saúde é dos médicos... Transferência de responsabilidade sempre... O problema do plástico é a falta de educação no uso, tem gente que vai à Cesta do Povo, e isso eu já vi isso acontecer, leva as comprar e um fardo de sacolas, não entendo bem para que, mas deve ser para acondicionar lixo, colocar nos vasos de papel higiênico, não vejo outra utilidade... Não sabem essas pessoas que tais sacolas são inadequadas para essa finalidade. Pura falta de informação, falta de educação e a educação não é responsabilidade só da escola. Tudo depende do consumo consciente e o consumo também é educável.
Os supermercados que fabriquem sacos de papel, eu não quero pagar mais essa conta. Já tenho meio aió que levo para feira, acho que o levarei para o supermercado também, se eu tiver que pagar mais alguma coisa. Os aiós ou bocapíos sãos super duráveis, essas sacolinhas vagabundas descoram, e logo, logo temos que comprar mais, ninguém quer andar amarrotado. Essas sacolas retornáveis tão virando é moda, todo mundo quer mostrar que tem uma, que é antenado e moderno, que não contribui com a destruição da camada de ozônio, que preserva a natureza... Como dizia meu falecido e sábio pai, “A safra de otários não acaba nunca”, não sejamos otários!!!