É assustadora a rapidez com a
qual se deixa de amar o que ou quem, há pouco se amava sem limites!
Uma palavra mal dita, escrita ou
não dita, um olhar não compreendido... Por qualquer motivo banal, o amor acaba
em relações em que não se admite desdizer, redizer... Enfim não se dialoga. O falado ou escrito não
é passível de emendas, não cabem contextos ou explicações! Sentir diferente do
esperado tornou-se inaceitável! O
diálogo perdeu o sentido!
São tempos de amores frágeis,
baratos e descartáveis!
Triste mundo onde o perdão não
tem valor! Onde quem não aceita perdão, não se enxerga na condição do
necessitado em outro tempo, carente da mesma compreensão de sentimento,
momento...
O orgulho e a vaidade em cena
limitam o olhar mais uma vez, ouvir mais uma vez, sentir mais uma vez e não
perder tantas pessoas!
Toda perda humana é grande perda
e toda mágoa humana sangra insistentemente nos que não perderam a
sensibilidade! (K. Leite, findando 2019)